terça-feira, 18 de março de 2008

4° motivo da rosa

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só de cinzas franzidas,
mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.


(Cecília Meireles)

2 comentários:

Tudo ou nada ... disse...

Perfeito .... tão simples, pequeno e com tanto impacto .... monstros sagrados da literatura, neles que me inspiro.
Bjos

Rosi Gouvêa disse...

oi querida...
matando as saudades!!

apareça

grande beijo